No passado sábado, a Atituna partiu de malas e bagagens para Vila Real, para participar no IV Clave, festival organizado pela Vibratuna, cujo tema principal revolvia em torno dos estilos musicais. Partimos ainda cedo e enchemos o autocarro de música e risos até ao nosso destino (e nem as avarias no transporte e as trocas de autocarro deitaram abaixo a animação!).
Quando chegámos, fomos logo recebidas pelos nossos guias, Rui e André, que nos acompanharam, direcionaram e apoiaram ao longo de todo o fim-de-semana. Durante a tarde, participámos no passacalles e encantámos na serenata, na Capela, com a nossa "Siempre en mi miente", tendo ainda oportunidade de assistir às serenatas das outras tunas a concurso: a Tuna Feminina de Biomédicas, a TFAAUAv e a C`a Tuna aos Saltos.
Seguidamente, participámos no roteiro de convívio pelos cafés, de desafio em desafio, entre cascatas de finos, músicas inventadas, sangria, carrinhos de shots e fotografias temáticas. No final, tivemos direito a um jantar com as tunas participantes, antes do início do festival.
A Atituna abriu a atuação com a "Capitão Romance", dos Ornatos Violeta, tema selecionado pela tuna anfitriã para representar o nosso estilo musical, o Rock. E foi, de facto, a "rockar" que seguimos para a nossa Mariquinhas ou "Vou dar de beber à dor", de Amália Rodrigues. Foi com muita atitude que os jovens da década de 40 geraram o rock, como forma de expressar a sua revolta, e foi imbuídas com a sua essência que apresentámos os nossos "Recuerdos Bolivianos". Mas a música também é a expressão do amor, acontece em nós e nós acontecemos na música, e, por isso, enchemos o Teatro de Vila Real de nostalgia e sentimento com "O que foi que Aconteceu", de Ana Moura. Agradecendo à Vibratuna o convite e a oportunidade de viver um festival que nos marcou a todas, despedimo-nos com a nossa, e só nossa, "Criatura da Noite".
No fim da atuação, procedeu-se à entrega de prémios, onde a Atituna levou para casa os prémios de "Melhor Serenata" e "Melhor Adaptação ao Tema". Mas se a atuação foi intensa, não chegou para sugar a nossa energia; e fomos desgastá-la na festa pós-festival
O domingo foi dia de preparativos para o regresso, últimas despedidas das tunas que partilharam connosco este festival e um último almoço de convívio. Partimos, mas deixámos o eco das nossas vozes nas ruas da cidade e uma vontade apertada de voltar. Até à próxima, Vila Real!