De seguida, com o passacalhes mostramos toda magia pelas ruas de Braga. Com os estandartes a “abrir caminho” e a dançar com toda a cor laranja, as pessoas pararam e ficaram a admirar a energia num dia de sol intenso. Paramos já perto de um chafariz onde houve brincadeiras com a àgua, para nos podermos refrescar. Procuramos uma sombra harmoniosa para podermos continuar com a boa disposição para todas aquelas pessoas.
A actuação de rua foi bastante curta, mas rendeu algum dinheiro que, apesar de pouco é sempre muito bem-vindo. A praça estava cheia, uma vez que havia actividades de S.João em Braga, e muito animada. Estava na hora de irmos fazer o check-sound no Theatro. Depois de uma espera ansiada à porta (até porque faltavam instrumentos), conseguimos pisar o tão aguardado palco. Opinião geral: era fantástico! Estivemos pouquíssimo tempo, não se pode dizer que a simpatia reinasse lá dentro, tudo muito profissional. Sentamo-nos cá fora, numa avenida bem ao jeito de Santa Catarina, toda enfeitada por causa dos santos populares. Foi hora de conviver e de se trocarem nervos (muitos!) pela noite que nos aguardava. As Atitunas que faltavam chegaram entretanto e fomos jantar. Este foi servido com rapidez e muito bem apresentado. Estava na hora de se ir buscar os instrumentos, de os preparar para que nada falhasse. Entramos pelos “calabouços” do theatro, onde pairavam teias de aranha e bastante medo... Até se abrir a porta da sala de ensaios, onde se afinou tudo, onde se prepararam vozes, onde se bebeu vinho do Porto e se ouviram os concelhos das mais experientes.
Chegou a hora dos nervos falarem mais altos, estavamos à espera de entrar! As convidadas de honra. A actuação foi bem ao jeito da Atituna, com atitude e boa disposição. Tudo bastante metódico e sempre com sorrisos e passos de tuna fervorosos. Afinal estávamos a actuar no THEATRO CIRCO! A apresentação da nossa nova música (É tão bom, de Sérgio Godinho) vai ficar na história daquelas paredes. Os estandartes cheios de energia, as pandeiretas implacáveis, as vozes que se faziam soar, os instrumentos alinhados ao som da música, o apoio da Looney e de todos os amigos presentes. Foi, definitivamente, uma actuação memorável. Quando o pano fechou parecia que tinha passado tudo tão depressa...
Ficamos (literalmente) na rua, uma vez que não podíamos assistir ao resto do festival. Arrumaram-se instrumentos e, uma vez que apesar do momento inesquecível ninguém se esquece da época de exames, a maioria das pessoas foi embora. Distribui-se tudo nos carros e, as sobreviventes, foram no autocarro que chegava a Braga às três e meia da manhã.
De Braga nunca nos iremos esquecer, pela simpatia das pessoas e por lá vivermos momentos tão intensos como os de Sábado. É uma honra ter subido àquele palco, um prazer fazermos aquilo que mais gostamos em diversos sítios. “É tão bom uma amizade assim” e dias como estes, onde nem o calor nos tira a energia, onde nem o cansaço nos impede de brilhar.
Reportagem pelo Proletariado da ATITUNA
Muito obrigada à Tuna Académica do Externato Infante D. Henrique, aos nossos guias e à querida Looney Tuna pelo apoio e o carinho.